Brasil 500 anos
"Brasil 500 anos”
Brasil Colonial ( 1500 a 1822)
- Porque o Brasil foi descoberto
Em 22 de abril de 2000, o Brasil fará 500 anos, porém esse período foi marcado por muitos fatos e acontecimentos históricos. Nossa história começa com as grandes navegações marítima. Nessa epoca os reinos europeus necessitavam expandir seus domínios territoriais e conquistar novas rotas para o comercio, com objetivo de chegar as Índias, surgimento de novos conhecimentos facilitaram as navegações e surgiram invenções como a bússola, a caravela, a pólvora e a imprensa. Neste período Portugal estava em uma situação privilegiada, tinha o apoio da classe burguesa e com a centralização do poder monárquico, buscava uma rota alternativa. - Pedro Alvares Cabral descobre o Brasil
Para garantir seu domínio nas Índias o rei de Portugal Dom Manuel, enviou em 09 de Março de 1500 uma esquadra de treze caravelas r cerca de 1500 homens, sob o comando de Pedro Alvares Cabral, ao chegar ao Norte da África, afastou-se da rota e seguiu para o Ocidente e no dia 21 de abril apareceram sinais de terra, no dia 22, foi avistado um monte, que deram o nome de Monte Pascoal, neste dia o Brasil era descoberto por Pedro Alvares Cabral. No dia 26 de abril foi rezada a primeira missa por Frei Henrique de Coimbra e no dia 1º de Maio foi rezada a segunda missa e ergueu uma cruz. Nessa ocasião, Cabral tomou posse da terra em nome de Portugal. O primeiro nome dado à terra descoberta foi Ilha de Vera Cruz, depois passou a se chamar Terra de Santa Cruz. Mais tarde, por causa da árvore pau-brasil encontrada em abundância aqui, mudaram o nome para Brasil. - O Brasil já possuía habitantes Quando os portugueses descobriram o Brasil, encontraram habitantes, no qual deram o nome de índios. Eram pessoas diferentes : pele acobreada, olhos pretos e amendoados, cabelos pretos e escorridos; andavam quase nus, pintavam o corpo e usavam penas. Existiam muitas tribos, umas diferentes das outras, eles possuíam língua, costumes, crenças totalmente diferentes dos europeus. Os primeiros índios a entrar em contato com os portugueses, foram os tupi-guarani, que moravam no litoral. Brasil começa a ser explorado e acabam com o nosso pau-brasil Depois do descobrimento de 1501 a 1503 ocorreram duas expedições para explorar as novas terras descobertas. O desejo de Portugal era explorar o pau-brasil e verificar se havia ouro. Em 1516 e 1526 Portugal envia as expedições guarda-costas para evitar que outros países começassem a explorar o pau-brasil. Nesta época, uma grande parte das matas do litoral brasileiro foi destruída, por causa da exploração do pau-brasil, uma madeira muito lucrativa na época. Os portugueses usavam os índios para cortar e transportar a madeira e em troca eles recebiam espelhos, colares, pentes e outros objetos sem valor.
O Brasil é colonizado O Brasil estava sofrendo muitas invasões, principalmente por franceses. O rei de Portugal para garantir a posse da terra descoberta, em 1530 envia a primeira expedição colonizadora, que era chefiada por Martim Afonso de Souza. Essa expedição trouxeram animais domésticos, instrumentos agrícolas, sementes, plantas e o material necessário para iniciar o cultivo da cana-de-açúcar. Em 22 de janeiro de 1532 é fundada a primeira vila do Brasil, que recebeu o nome de São Vicente a vila foi feita a primeira plantação de cana -de-açúcar e foi construído o primeiro engenho.
Cana-de-açúcar a grande economia brasileira é a responsável pela escravidão do negro.
Depois várias vilas se formaram e a principal economia era a cana-de-açúcar. Grandes fazendas e engenhos foram surgindo e se espalharam, principalmente no nordeste. Como os índios não se adaptaram ao trabalho na lavoura, foram trazidos em 1530 os primeiros escravos africanos, eles tornaram a grande massa trabalhadora na economia colonial. O ciclo da cana-de-açúcar vai de 1570 a 1650, onde grandes investimentos são colocados em terras, equipamentos e mão-de-obra. O Brasil produzia açúcar em abundância e abastecia toda Europa deixando cada vez mais rico os comerciantes portugueses e o rei. A exploração dos escravos negros
Os negros no ciclo da cana-de-açúcar foram muito explorados e eram tratados como animais. Eram eles que faziam todo o serviço, desde o plantio até a fabricação do açúcar e em troca só recebiam maus tratos, pouca comida, vestimenta e habitação precária e quase não descansavam. Neste período muitos escravos fugiam e formavam os quilombos, onde eram livres e podiam seguir seus costumes, danças, religiões, etc. O maior quilombo foi o dos Palmares liderado por Zumbi. A decadência do açúcar O mercado do açúcar e abalado, depois que a Holanda passa a produzir açúcar no Caribe e toma conta do mercado, pois passa a fornecer açúcar para a Europa mais barato. O Brasil sofre várias invasões O Brasil sobre várias invasões de franceses e holandeses, após muitas batalhas, os brasileiros vencem e conseguem expulsá-los. Os ataques aos quilombos. Em 1694 após resistir a constantes ataques, o maior quilombo o dos Palmares é atacado e destruído por tropas do bandeirante Domingo Jorge Velho, o líder Zumbi consegue escapar, porém e morto um ano depois, depois de ser traído por um companheiro. O ciclo do ouro no Brasil Em 1695 é descoberta a primeira jazida de ouro em Minas Gerais. Porém o grande período do ciclo do ouro é entre 1735 e 1754, onde são descobertas ricas jazidas de ouro nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, onde atraiu portugueses e aventureiros de toda parte do país. A maioria da mão-de-obra era escrava. O rei de Portugal ficava com um quinto de todo o ouro encontrado e para controlar melhor o ouro, os donos das jazidas teriam que transformá-los em barras com a marca do rei. A exploração de diamantes e outras pedras preciosas cresceu por volta de 1729. Os grandes responsáveis pelas descobertas de ouro, pedras preciosas e pela expansão territorial do Brasil foram os bandeirantes. O povo brasileiro descontentes organizam revoltas A maior parte das riquezas do Brasil foi transferidas para Portugal. Primeiro o pau-brasil, depois o açúcar e logo após o ouro. O povo brasileiro começou a ficar descontentes e grupos de brasileiros começaram a se unir e organizar revoltas, na tentativa de mudar a situação do país. Ocorrem várias revoltas como: - A revolta de Beckman em 1684 no Estado do Maranhão; - Guerra dos Emboabas em 1708 no Estado de Minas Gerais; - Guerra dos Mascates de 1710 a 1711 no Estado de Pernambuco; A revolta de Felipe dos Santos no Estado de Minas Gerais em 1720; A revolta mais conhecida foi a Inconfidência Mineira em 1789, onde vários revoltosos liderado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que queria libertar toda colônia do domínio de Portugal, porém o grupo de inconfidentes foram traídos por Joaquim Silvério dos Reis e Tiradentes foi preso e condenado a forca e depois teve seu corpo esquartejado; Conjuração Baiana, ocorrida em Salvador em 1798, que pretendiam proclamar a República e libertar os escravos, porém não obtiveram sucesso. Chegada da família real ao Brasil As tropas de Napoleão rei da França, invadem Portugal, antes da invasão a família real portuguesa foge para o Brasil e chega aqui em janeiro de 1808 no Estado da Bahia. Logo após sua chegada Dom João, o príncipe regente, decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Um mês após sua chegada, a família real, com toda sua corte portuguesa, transfere-se para o Rio de Janeiro, a capital do Brasil na época. Com a chegada de Dom João muitas medidas foram tomadas: - criação do Banco do Brasil; fundação da escola de medicina no Rio de Janeiro e na Bahia; - criação da imprensa Régia, para publicação de livros e do primeiro jornal "A Gazeta do Rio de Janeiro"; - fundação da Academia Militar, do Jardim Botânico, da Academia de Belas Artes e do Museu Nacional; - instalações de fabricas. No ano de 1815. o Brasil passa à categoria de Reino Unido a Portugal e em 1818 com a morte da rainha, Dona Maria I, o rei de Portugal e do Brasil passou a ser Dom João, com o nome de Dom João VI. A volta da família real à Portugal Portugal começou a exigir a volta da família real e em 1821 Dom João VI volta para Portugal com toda sua corte, e deixa no Brasil seu filho, Dom Pedro, como príncipe regente. Dom Pedro Proclama a Independência do Brasil. A corte portuguesa queria que Dom Pedro voltasse para Portugal, para que o Brasil voltasse a ser colônia. Com essas noticias surgi aqui um movimento para convencer Dom Pedro a ficar então foi feito um abaixo assinado, pedindo para ele ficar. Diante desse fato, Dom Pedro declarou: "como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico". Era o dia 09 de janeiro de 1822, que ficou conhecido como o Dia do Fico. No dia 07 de setembro de 1822, às margens do Riacho do Piranga, em São Paulo, Dom Pedro recebeu duas cartas uma de José Bonifácio e outra de sua esposa Dona Leopoldina , junto com um decreto de Portugal. As cartas pediam a independência e o decreto exigia a volta imediata de Dom Pedro a Portugal. Após ler as cartas e o decreto, Dom Pedro ficou indignado e ordenou: "Laços fora, soldados! Independência ou Morte". Assim, finalmente, o Brasil ficava livre de Portugal e em 12 de outubro de 1822, Dom Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil com o nome de Dom Pedro I. Com a independência , em 1822, o Brasil começa um novo período na história. Esse período é dividido em: - Primeiro Reinado de 1822 a 1831 - Regências de 1831 a 1840 - Segundo Reinado de 1840 a 1889
Primeiro Reinado (1822 a 1831)
O Primeiro Reinado foi governado por Dom Pedro I. Seu governo foi muito tumultuado, devido a várias províncias não aceitarem a independência, os outros países demoraram a reconhecer a independência brasileira e o descontentamento tomou conta do povo brasileiro, porque a primeira Constituição Brasileira (conjunto de leis que governa o país) elaborada em 1824, foi imposta por Dom Pedro I, sem a participação de nenhum representante do povo. O imperador foi se tornando cada vez mais autoritário e recebia ajuda de militares estrangeiros, com isso perdeu popularidade, além do mais a situação política e financeira piorava a cada dia. Abdicação de D. Pedro I
O imperador tenta reagir, mas desiste e em 07 de abril de 1831 abdicou em nome de seu filho Dom Pedro de Alcântara de apenas 5 anos de idade. Com Dom Pedro de Alcântara não podia governar, devido a sua pouca idade, o Brasil passou a ser governado por regentes. Período das Regências (1831 a 1840) Foram quatro as regências do Brasil: - Regência Trina Provisória em 1831, que durou apenas dois meses; - Regência Trina Permanente que foi de 1831 a 1835; - Regência Una do padre Diogo Antônio Freijó de 1835 a 1837; - Regência Una Pedro de Araújo Lima de 1837 a 1840. O período das regências foi muito tumultuado, devido à falta de emprego, aos altos impostos, às dificuldades que as províncias tinham em comercializar seus produtos e a pobreza da grande parte da população. Este período foi marcado por várias revoltas: 1ª revolta - Cabanagem no Pará (1835-1838), revoltas de pessoas humildes, que moravam em cabanas e eram exploradas pelos donos de terra. Lutaram muito, mas foram derrotados. 2ª revolta - Sabinada, na Bahia (1837-1838), chefiada por Sabino Alvares da Rocha Vieira, os revoltosos desejavam que a Bahia se tornasse uma República até a maioridade de Dom Pedro de Alcântara, porém em 1838 foram derrotados. 3ª revolta - Balaiada no Maranhão (1838-1841), os fazendeiros, comerciantes, mestiços, índios e escravos negros se uniram para lutar contra a escravidão, a pobreza e ao altos impostos, liderada por Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, um fabricante de balaios. O conflito foi contido por Duque de Caxias em janeiro de 1841. 4ª revolta - Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul (1835 - 1845) , a principal causa da guerra foi o alto imposto cobrado em cima da carne seca. Os revoltosos fundaram uma república, e Bento Gonçalves era o presidente. Essa guerra durou 10 anos e o governo só conseguiu dominá-la com a ajuda do Duque de Caxias.
Segundo Reinado (1840 a 1889)
Os regentes não conseguem solucionar as disputas partidárias, as diferenças econômicas, o descontentamento da população e as desigualdades que ameaçam a unidade do país. Assim, tanto o Partido Conservador no poder, quanto o Liberal, na oposição, decidem antecipar a maioridade de Dom Pedro de Alcântara com 14 anos para tentar superar as crises e estabelecer o regime. A antecipação da maioridade do imperador, ficou conhecida como golpe da maioridade.
Dom Pedro II o segundo Imperador do Brasil
No Segundo Reinado, o Brasil passa a ser governado por Dom Pedro de Alcântara, que passou a ser chamado de Dom Pedro II. No início, com auxilio de Duque de Caxias, Dom Pedro II conseguiu acabar com a revolta da Balaiada no Maranhão, a Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul, a Revolta Liberal ocorrida em São Paulo e Minas Gerais em 1842 e a Revolta Praieira ocorrida em Pernambuco que durou de 1848 a 1849. Os países vizinhos Uruguai, Argentina e Paraguai, entram em guerra com o Brasil. A guerra com o Paraguai foi o período de desavenças mais longo e difícil do Segundo Reinado, durou de 1865 a 1870. O café o grande responsável pelo desenvolvimento do Brasil
No entanto, no período de 1851 a 1889, o Brasil teve um crescimento muito grande em sua economia. A agricultura cresceu e diversificou com a extração da borracha na Amazônia, o cultivo do cacau na Bahia e a produção do café, que teve uma grande expansão. As plantações multiplicam-se e, em meados do século XIX, o café ocupa parte das terras de antigas lavouras de cana-de-açúcar e de algodão e grande porção do oeste paulista. O café foi o principal responsável pelo desenvolvimento do Brasil no Segundo Reinado. O produto chegou a representar quase a metade das exportações brasileira. Graças ao desenvolvimento da cultura do café, que a imigração aumentou muito no país, pois era preciso muitos trabalhadores nas plantações e, pela Lei Eusébio de Queirós em 1850, proibia a entrada de escravos negros no país. Poloneses, italianos, alemães, ucranianos, espanhóis, portugueses, sírios, libaneses, russos franceses, japoneses e muitos outros imigrantes encontraram no Brasil terra fértil e um bom mercado de trabalho. Todos eles contribuíram para o progresso do país e para a formação do povo brasileiro. Os imigrantes substituíram a mão-de-obra escrava que foram libertados pela Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II em 13 de Maio de 1888, ela assina a Lei Áurea que dá liberdade a todos os escravos. Muitas industrias desenvolveram-se, e muitas outras foram instaladas. As cidades cresceram e se desenvolveram muito. A Proclamação da República derruba a monarquia no Brasil.
Embora Dom Pedro II governasse proporcionando muitas transformações e progresso, o povo desejava escolher os seus representantes para governar o país. Vários fatos fizeram a monarquia perder prestígio em favor da República, como: - A guerra do Paraguai; - A abolição da escravatura, que colocou fazendeiros contra a monarquia; - As questões religiosas: a Igreja Católica não aceitava as interferência do governo em seus assuntos; - As questões militares criadas pelos atritos entre militares e o governo. Em 15 de novembro de 1889 é Proclamada a República
Na madrugada de 15 de novembro de 1889, tropas republicanas, lideradas pelo Marechal Deodoro da Fonseca. ocupam o Quartel General do Rio de Janeiro e os republicanos tomam o poder: foi proclamada a República. Foi instalado um governo provisório e o Marechal Deodoro da Fonseca ficou como chefe. No dia 17 de novembro de 1889 a família real deixa o Brasil e parte para Portugal. Após a Proclamação da República, o Brasil passa a ter uma nova bandeira, que foi criada em 19 de novembro, e em 1891 foi elaborada a primeira Constituição da República e a segunda do Brasil, porém o povo continuou a não participar diretamente dos destinos do país. Os governos republicanos Os governos republicanos podem ser divididos em: - República Velha ( 1889 a 1830) - República Nova ( 1830 a 1945) - República Contemporânea (1946 a 1985) - Nova República ( 1985 até nossos dias)
República Velha ( 1889 a 1830)
Governo Provisório
O Brasil teve um Governo Republicano Provisório desde a Proclamação da República até a elaboração da Constituição Republicana em 1891, tendo como presidente o Marechal Deodoro da Fonseca. A nova Constituição aprovada em 24 de fevereiro de 1891, por uma Assembléia Constituinte formada por militares e civis. Essa Constituição, entre outras questões, estabelecia que: · Brasil passou a ser uma República Federativa Presidencialista, com nome de Estados Unidos do Brasil; · a capital passava a ser o Distrito Federal, com sede no Rio de Janeiro; · as províncias passavam a ser Estados; · o primeiro presidente da República seria eleito pelo Congresso Nacional e os demais presidentes seriam escolhidos pelo povo e teriam um mandato de quatro anos; · o Brasil teria poderes: o Poder Executivo era formado pelo presidente e pelo vice - presidente, auxiliado por um ministério. O Poder Legislativo era formado pelo Senado e pela Câmara Federal dos Deputados, que são o Congresso Nacional e o Poder Judiciário formado por juizes e tribunais federais. No Governo Provisório ocorreu algumas reformas, como: · os imigrantes que quisessem se tornar brasileiros podiam se naturalizar; · todos tinham liberdade religiosa; · houve a separação dos poderes da Igreja e do Estado; · o casamento civil passou a ser obrigatório.
Os presidentes da República Velha O Congresso do Governo Provisório elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca para presidente da República e o Marechal Floriano como vice - presidente. Após nove meses de governo, Deodoro renuncia e Floriano Peixoto governou até 1894. De 1894 até 1930, o Brasil teve onze presidentes, que foram eleitos principalmente pelos Estados de São Paulo e Minas Gerais, pois nessa época esses dois Estados dominavam a vida política e econômica do país. Alguns fatos importantes ocorridos na República Velhas
No período da República Velha alguns fatos merecem destaque: · ocorre a Revolta de Canudos no sertão da Bahia ( 1896 a 1897), foi uma luta de sertanejos pela posse da terra; · a principal riqueza do Brasil continuou sendo o café; ·a extração da borracha na Amazônia teve um grande desenvolvimento; · foram instaladas muitas indústrias , principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo; · o Brasil conseguiu resolver muitos problemas de limites com os países da América do Sul e passou a ter o tamanho e a forma que tem hoje; ·toda a cidade do Rio de Janeiro foi modernizada e saneada, a população foi vacinada contra a febre amarela; · a revolta do Contestado, ocorrida no oeste de Santa Catarina em 1912 a 1915, também uma luta sertaneja pela posse de terras.
República Nova ( 1930 a 1945)
A República Nova começou com a Revolução de 1930, que pôs o presidente Washington Luís. A revolta começou no Rio Grande do Sul e foi liderada por Getúlio Vargas, que se tornou presidente do Brasil. O governo de Getúlio Vargas durou de 1930 até 1945, e foi dividido em três períodos: · Governo Provisório; · Governo Constitucional; · Estado Novo. Governo Provisório ( 1930 a 1934)
Quando Getúlio Vargas tomou o poder em 1930, governou sozinho, como um ditador, anulou a Constituição de 1891, concentrou em suas mãos todos os poderes. Os principais fatos dessa época foram: · A Revolução Constitucionalista de 1932, acontecida em São Paulo, pois queriam uma nova Constituição; · a elaboração de nova Constituição em 1934, dando entre coisas, o direito de voto às mulheres, a obrigatoriedade do ensino elementar, a criação do salário mínimo e o direito a férias para os trabalhadores.
Governo Constitucional ( 1934 a 1937)
Getúlio Vargas foi eleito pelo Congresso em 1934. No ano de 1937, ele organizou um novo golpe de Estado e, com a ajuda dos militares, permaneceu no poder e mais uma vez ele anulou a Constituição e acabou com o Congresso Nacional, começando uma nova ditadura.
Estado Novo ( 1937 a 1945)
Getúlio Vargas impôs uma Nova Constituição que foi elaborada em 1937 e decretou o fim dos partidos políticos. Neste período foi construída a Usina Siderúrgica de Volta Redonda e iniciou a exploração do petróleo na Bahia. De 1939 a 1945 o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial. Em 1945 as Forças Militares tira Getúlio Vargas do poder e começa um no período da República.
República Contemporânea ( 1946 a 1985)
A República Contemporânea durou trinta e nove anos e pode ser dividida em dois períodos: - Período Democrático ( 1946 a 1964) - Período do Regime Militar ( 1964 a 1985)
Período Democrático ( 1946 a 1964)
O período Democrático teve nove presidentes e os que mais destacaram foram Eurico Gaspar Dutra ( 1946 a 1951), Getúlio Vargas que foi eleito novamente (1951 a 1954), Juscelino Kubitschek constroe e transfere em 1960 a capital do Brasil para Brasília e Jânio Quadros, que governou somente sete meses. Nessa época, os principais fatos foram: · a elaboração em 1946 de uma nova Constituição; · a criação da Petrobrás ( Petróleo Brasileiro S/A) em 1954; · a instalação da indústria automobilística; ·a construção da nova capital do Brasil, Brasília inaugurada em 21 de abril de 1960.
Os militares tomam conta do poder
Jânio Quadros foi eleito em 31 de Janeiro de 1961 e em 21 de agosto do mesmo ano renunciou. Então o seu vice - presidente, João Goulart tomou posse. Ele faz reformas, mas a situação do país ficou cada vez mais difícil e ele foi deposto pelos militares em 31 de março de 1964. O Brasil passa a ser governado pelos militares.
Período do Regime Militar ( 1964 a 1985)
No período Militar o Brasil teve seis presidentes, todos escolhidos, dentre funcionários das Forças Armadas, de forma indireta, ou seja sem a participação do povo. Os principais fatos que aconteceram nessa época foram: · em 1967 a Constituição foi alterada para dar poderes absolutos aos presidentes militares; · muitas pessoas foram impedidas de votar e de ser candidatos às eleições: elas perderam seus direitos políticos; · muitas pessoas foram obrigadas a sair do país, porque não concordavam com o governo; · foi criada a Embratel, que acelerou o desenvolvimento nas comunicações; · foi criado o Funrural, dando aposentadoria e direitos trabalhistas ao homem do campo; · foram construídas as rodovias Transamazônica, Cuibá-Santarém, Porto Velho-Manaus e a ponte Rio-Niterói; · foram construídas as usinas hidroelétricas de Itaipu e Tucuruí e as usinas nucleares; · houve um aumento muito grande da dívida externa do Brasil; · foi iniciada a campanha pelas Diretas-Já, com grande participação popular; · começou um processo de abertura política no governo do presidente Ernesto Geisel e continuou no governo do presidente Figueiredo, com a anistia, ou seja, perdão aos presos políticos e aos exilados; · foram criados novos partidos políticos.
Nova República ( 1985 até nossos dias)
A eleição para presidente em 15 de novembro de 1985 foi feita pelo Colégio Eleitoral e o candidato da Aliança Democrática Tancredo Neves ganhou as eleições, e o poder civil volta a comandar os destinos do Brasil e dos brasileiros. Em 15 de janeiro de 1985, pôs fim ao regime militar e deu início à Nova República. Tancredo Neves com sérios problemas de saúde, faleceu antes de sua posse, então o vice - presidente José Sarney passou a ser o primeiro presidente civil da Nova República. Os principais fatos ocorridos no governo Sarney foram: · a realização das eleições diretas para governadores e deputados; ·em 1986 houve reformas na economia brasileira: o dinheiro, que era o cruzeiro passou a ser o cruzado e, algum tempo depois, cruzado novo; · foi elaborada uma nova Constituição em 1988, determinando entre outras coisas, eleições diretas para presidente, a partir de 1989, redução do mandato presidencial para cinco anos, igualdade de direitos e obrigações, perante a lei, para homens e mulheres, e maior proteção à criança e ao adolescente. Em 1989 acontecem as primeiras eleições diretas para presidente e Fernando Collor foi eleito presidente. Após sua posse, Collor fez uma reforma econômica mudando o nome da moeda e confiscando o dinheiro de todas as contas correntes e poupança do povo brasileiro. Em setembro de 1992 acusado de corrupção Collor foi afastado do poder pelo Congresso Nacional e em 29 de dezembro no mesmo ano, no meio de seu julgamento, Collor renunciou ao cargo de presidente da República e o vice-presidente Itamar Franco, assumiu em seu lugar.
O Brasil após o plebiscito de 1993
No dia 21 de abril de 1993 o Brasil voltou às urnas para um plebiscito para escolher o regime político e o sistema de governo. Foi decidido que o Brasil teria o regime republicano e o sistema de governo seria o presidencialismo. Em outubro de 1994, Fernando Henrique Cardoso foi eleito o novo presidente do Brasil. As principais medidas do seu governo foram manter a estabilidade econômica e às reformas constitucionais para tentar atrair investimentos estrangeiros para o país e derruba o monopólio em setores com
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