O DADAÍSMO

 

 

 

O DADAÍSMO , também conhecido por "DADÁ" foi um movimento

artístico, surgido por volta de 1916, em Zurique (Suíça), com

um princípio essencial para o apelo ao subconsciente. Afirmava,

como essência e finalidade de tudo , o absurdo. Assim ,o DADÁ

ISMO foi o precursor do SURREALISMO. Foi mais evidenciado nos

movimentos literários

Dadaísmo

 

Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.

Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa.

Esse movimento foi chamado DADÁ ( na linguagem infantil francesa significa "cavalo") nome escolhido por acaso e que não fazia sentido, assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.

Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso.

 

Artista destacado:

 

    Duchamps - sua dissociação de formas e seus "ready-mades" são famosos e inconfundíveis.

Obras destacada: Roda de Bicicleta.

 

 

Biografia dos Artistas Dadaistas - Detalhes sobre o Dadaismo, Veja seção História da Arte neste Site.

 

FRANCIS PICABIA (François-Marie Martínez-Picabia, pintor) (1879-1953)

 

Picabia nasceu em Paris, mas era de família espanhola. Estudou na escola de arte decorativa. Identificou-se com a obra do impressionista Sisley e apresentou seus primeiros quadros, sem muito sucesso, no Salão dos Autônomos em 1903. Fez sua primeira exposição individual na galeria Hausmann, também em Paris, com os mesmos resultados desanimadores. Tendo tentado a sorte com o impressionismo, Picabia começou a se relacionar com os pintores cubistas e abstratos, mas também não conseguiu se identificar com essa linguagem artística. Conheceu então Marcel Duchamp e graças ao artista francês conseguiu participar do Armory Show de Nova York. Lá apresentou pela primeira vez seu famosos antimecanismos, considerados premonitórios em relação ao movimento dadaísta, que pouco depois se estenderia por toda a Europa. Esses quadros representavam máquinas sem qualquer utilidade, refletindo a teoria do artista sobre o progresso. Picabia via nas máquinas, sobretudo nas de guerra, a destruição do ser humano e não sua evolução. Os antimecanismos, apesar de exporem um tema tão árido, apresentavam cores suaves e harmoniosas e não deixavam de ter um certo lirismo. Em 1916 Picabia foi para Barcelona e um ano mais tarde fundou o jornal 391. Finalmente mudou-se para Zurique, onde se uniu a um grupo dadaísta lá estabelecido. Seus trabalhos posteriores foram desenhos de cenários. Passou os últimos anos no sul da França, totalmente dedicado à pintura.

 

HANS ARP (Jean Arp, artista plástico) (1887-1966)

 

Nascido em Estrasburgo, Arp estudou na Academia de Weimar e depois viajou para Paris, determinado a se aprofundar na obra dos impressionistas e cubistas. Ao voltar, fixou-se em Munique, onde entrou em contato com os expressionistas do grupo Der Blauer Reiter (Kandinski, Marc, Münter e Müller). Viajou em 1916 para Zurique e acabou participando da fundação do grupo dadá, juntamente com o poeta Tristan Tzara e os pintores Marcel Janco e Hugo Ball. Nessa época também começou a se interessar pelas artes plásticas, já que, por definição, o dadaísmo não reconhecia fronteiras entre pintura e escultura. A combinação de ambas as disciplinas deu origem às suas controvertidas colagens e relevos. Nestes, Arp tentou endeusar o absurdo por meio de uma linguagem artística totalmente diferente, na qual, segundo palavras do próprio artista, o acaso que colocava os objetos à sua frente tinha mais mérito do que sua própria inspiração. De espírito inquieto e curioso, Arp se movimentou constantemente entre as águas do dadaísmo, do surrealismo e da arte abstrata. Nos seus últimos anos se interessou mais pela pintura do que pelas colagens, mas sem deixar de lado a escultura. Uma de suas obras mais famosas é o relevo que fez para o edifício da UNESCO, em Paris, em 1958. Em 1965, um ano antes de sua morte, foi inaugurado em Locarno um museu com seu nome.

 

KURT SCHWITTERS (1887-1948)

 

No âmbito dos dadaístas alemães, Schwitters foi, a exemplo de Duchamp, um dos que mais contribuíram para enriquecer o movimento. Autor dos chamados quadros Merz, que, como ele dizia, surgiam a partir de objetos descartados de guerra, sua obra jamais se afastou de certos critérios plásticos e estéticos que seus próprios contemporâneos desqualificaram, mas que, paradoxalmente, assentaram as bases do conceitualismo dos anos 70. Na mesma cidade de Hannover, onde nasceu, Schwitters fez o curso de pintura na escola de arte. Mais tarde mudou-se para Dresden, continuando seus estudos na Academia Estatal. Entre 1917 e 1918 trabalhou como desenhista num escritório de engenharia. Datam dessa época seus primeiros quadros abstratos, notavelmente influenciados pelos de Kandinski, que foram exibidos numa conhecida galeria de Berlim. Anos mais tarde, Schwitters integrava o grupo de fundadores do movimento dadaísta alemão, embora suas verdadeiras contribuições não tivessem se concretizado até 1923, quando o dadaísmo estava em plena decadência. As colagens e instalações que ele próprio chamou de obras Merz, do alemão Kommerz (comércio), compunham-se de todo tipo de objetos descartados que o artista encontrava andando pela cidade e nos ateliês dos amigos. Essas construções, entretanto, não se coadunavam conceitualmente com o dadaísmo, visto que conservavam o caráter de "verdadeiras" obras de arte no sentido de que tinham em vista um efeito estético. Um dado curioso é que Schwitters jamais dava uma obra por terminada, e com isso o acréscimo de objetos não tinha fim. Em 1932 o pintor se juntou aos artistas abstratos de Paris e participou também de algumas exposições cubistas, assim como da Dadaísmo e Surrealismo, realizada em Nova York. Durante a Segunda Guerra refugiou-se na Noruega e depois em Londres, onde começou sua segunda etapa de construções Merz.

 

MARCEL DUCHAMP (Pintor e escultor) (1887-1968)

 

É difícil classificar um artista tão polifacético e controvertido quanto Marcel Duchamp. No entanto, de suas diferentes fases criativas, seja a pós-impressionista, a cubista ou mesmo a futurista, as obras de maior impacto e importância pertencem à sua fase dadaísta. Tanto seus quadros de antimecanismos quanto seus ready-mades provocaram um choque no público, na crítica e em seus próprios colegas. Depois de Duchamp, o conceito de obra de arte mudaria definitivamente. Em 1904 este artista, oriundo de Blainville, mudou-se para Paris a fim de ingressar na Academia Julien, uma das mais prestigiosas da época. Poucos anos depois começava a estudar e questionar a pintura de Cézanne. Em 1911 já tinha se relacionado com os cubistas e feito amizade com Apollinaire e Picabia. Um ano depois apresentou sua primeira obra no Salão dos Independentes e passados mais dois anos participou do Armory Show de Nova York. É então que surgem os primeiros ready-mades de Duchamp, as obras mais significativas do chamado pré- dadaísmo. Com elas o artista francês não apenas dessacralizou a obra de arte como também o artista, algo que se coadunava perfeitamente com o conceito básico do dadaísmo de Arp e Ball na Suíça. Sua obras seguintes se mantiveram dentro dos mesmos parâmetros desse movimento, que a essa altura já tinha se consolidado em toda a Europa. Numa de suas viagens aos Estados Unidos, Duchamp conheceu Man Ray. Pouco depois tomava forma seu famoso quadro A Noiva, no qual o controvertido artista francês retomou o tema dos antimecanismos, tão freqüentes na obra de seu amigo Picabia. Nos anos seguintes apresentou suas obras em Buenos Aires e em Paris e voltou aos Estados Unidos, onde realizou seu primeiro curta-metragem. Trabalhou depois em colaboração com Max Ernst e organizou com Breton a exposição dos surrealistas de 1947 em Paris. A obra de Duchamp significou a reformulação da linguagem criativa e definiu o rumo da arte do século XX.

 

 

DADAÍSMO

 

Formado em 1916 em Zurique por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.

Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil "cavalo de pau".  Esse nome escolhido não fazia sentido,  assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.

Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso.

 

O fim do Dada como atividade de grupo ocorreu por volta de 1921. 

 

Principais artistas:

 

MARCEL DUCHAMP (1887-1968), pintor e escultor francês, sua arte abriu caminho para movimentos como a pop art e a op art das décadas de 1950 e 1960. Reinterpretou o cubismo a sua maneira, interessando-se pelo movimento das formas.

O experimentalismo e a provocação o conduziram a idéias radicais em arte, antes do surgimento do grupo Dada (Zurique, 1916). Criou os ready-mades, objetos escolhidos ao acaso, e que, após leve intervenção e receberem um título, adquiriam a condição de objeto de arte.

Em 1917 foi rejeitado ao enviar a uma mostra um urinol de louça que chamou de "Fonte". Depois fez interferências (pintou bigodes na Mona Lisa, para demonstrar seu desprezo pela arte tradicional), inventou mecanismos ópticos.

 

FRANÇOIS PICABIA (1879-1953), pintor e escritor francês. Envolveu-se sucessivamente com os principais movimentos estéticos do início do século XX, como cubismo, surrealismo e dadaísmo. Colaborou com Tristan Tzara na revista Dada.

Suas primeiras pinturas cubistas, eram mais próximas de Léger do que de Picasso, são exuberantes nas cores e sugerem formas metálicas que se encaixam umas nas outras. Formas e cores tornaram-se a seguir mais discretas, até que por volta de 1916 o artista se concentrou nos engenhos mecânicos do dadaísmo, de índole satírica. Depois de 1927, abandonou a abstração pura que praticara por anos e criou pinturas baseadas na figura humana, com a superposição de formas lineares e transparentes.

 

MAX ERNEST (1891-1976), pintor alemão, Adepto do irracional e do onírico e do inconsciente, esteve envolvido em outros movimentos artísticos, criando técnicas em pintura e escultura. No Dadaímo contribuiu com colagens e fotomontagens, composições que sugerem a múltipla identidade dos objetos por ele escolhidos para tema. Inventou técnicas como a decalcomania e o frottage, que consiste em aplicar uma folha de papel sobre uma superfície rugosa, como a madeira de veios salientes, e esfregar um lápis de cor ou grafita, de modo que o papel adquira o aspecto da superfície posta debaixo dele.

 

DADAÍSMO

O nacimento do dadaismo

08/01/2011 19:01
  O NASCIMENTO DO DAÍSMO   Como já citado acima, Hugo Ball fundou em Zurich o Cabaret Voltare em 1916, sede do primeiro grupo dadaísta. Em princípio Ball tinha a colaboração de sua...
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