o que e arte

O que é Arte?

 

                        A arte é muito mais do que pensamos que ela seja, a arte transcende, atravessa os tempos e se torna algo tão valioso e fantástico que não podemos perceber  quanto tempo ela levou para ser formar e adquirir este contexto.

 

                        A arte não se apresenta em todas as culturas, entretanto cada cultura possui uma maneira muito específica de criá-la.

 

                        A arte é uma manifestação humana criada com a essência e inspiração de seu momento, ultrapassando a história e as sociedades. E isto se deve pelo fato de que sabemos identificá-la e nomeá-la.

 

                        A idéia de transcendência da arte é nossa, sem nós ela não existe. O absoluto da arte é relativo à nossa cultura. 

 

                        A percepção dos que contemplam a arte, o público que é obrigado a entender um objeto artístico, é o mesmo que vai decidir o que é arte e o que não é.

 

                        Através de sua concepção de que a arte é aquilo que pode ser conceituado e convencional, intitula-se de antiarte o que fugir desta regra. E mesmo assim não é desmerecedor de contemplação, por provocar “sentimentos” no espectador.

 

                        Duchamp, nos mostra um lado negativo dessa contemplação, por deixarmos de ver um objeto com os olhos limpos da percepção artística, a sua finalidade essencial foi esquecida. Quando olhamos uma máscara africana – exemplo dado por Duchamp – não percebemos mais o seu lado fantástico, mágico, para o qual foi confeccionada pelos africanos, nos restringimos a tentar desvendar a sua essência artística. 

 

                        O que temos nos museus são objetos “secos” que perderam todo o seu contexto e finalidade primeira,  a partir do momento que deixaram seus lugares originários, aonde se encontravam inicialmente, pois a princípio foram feitas para um único fim.

 

                        Jean Renoir, nos mostra que mesmo com todos os cuidados de restauração e de conservação de uma obra de arte, ela tende a desaparecer, pois os elementos que a compunha inicialmente foram transformados, soterrados por camadas de verniz, cimento, resina e outros artifícios que são usados para se “manter” um objeto artístico, mais uma vez a essência foi modificada.

 

                        Em relação a esta idéia, surge uma dúvida, o que realmente temos em nossa frente quando vemos uma obra “recuperada”? Não seria uma nova peça? Pois se analisarmos do ponto de vista que o tempo muda o estado natural de tudo, não teríamos mais a obra inicial e sim uma outra, totalmente diferente da primeira.

 

                        Além desse, o mundo da arte convive com um outro problema, talvez mais assustador, a falsificação.

 

                        Existiu um professor primário escocês, chamado James MacPherson, Segunda metade do século XVIII, que escreveu os Cantos de Ossian, que influenciaram os artistas mais renomados de várias gerações, mas como estas pessoas se deixaram enganar tão facilmente?

 

                        A resposta é simples, os cantos correspondiam aos anseios das pessoas daquela época, ou seja tinha-se o que se queria ver e ouvir, correspondendo as expectativas de todos.

 

                        E é através desse acontecimento que concluímos que as falsificações possuem um grande fascínio, pois a habilidade de enganar os mais importantes peritos, merece, de certa forma, nosso respeito.

 

                        É difícil encontrarmos um conceito único e concreto para arte, depois de analisarmos vários fatores que a compõe e como tão complexo é resumir todos estes acontecimentos que a envolve. Contudo a arte, por ela mesma, já diz tudo. Não é necessário estudá-la profundamente para entendermos o que uma obra quer dizer, basta apenas ver os olhos do coração, desprovidos de qualquer racionalidade e deixar-se envolver pela emoção.